Ao olhar para ela, vemos claramente espelhado o seu lema de vida: AMAR, SOFRER, REPARAR. Numa carta ao Pe. Mariano Pinho, primeiro Diretor espiritual, revela o que ouve de Jesus:
“É pouco, porque não posso, mas
queria-lhe pedir explicação destas palavras que lhe vou dizer, porque não me
lembrei quando me perguntava o que N. S. (Nosso Senhor) me dizia. Muitas vezes
me lembro de dizer assim:
'Ó meu Jesus, que quereis que eu
faça?' e, sempre que digo isto, não ouço senão estas palavras:
'Sofrer, amar e reparar'. Creio
que me entende.”
Alexandrina dá-nos agora a conhecer como amava o projeto de Deus para
si:
“Deu-me Nosso Senhor a pérola
mais preciosa, a riqueza maior que me podia dar neste mundo. Como é feliz quem
sofre com Jesus! [...] Sofrer por amor! Sim, por amor, porque conheço que amo a
Nosso Senhor no meio do sofrimento. Muito sofro, mas muito mais quero sofrer,
amar, reparar.”
“O tudo desceu ao nada. A grandeza desceu à pobreza. O amor desceu à
frieza, à tibieza, à miséria, à indignidade. Que grande amor é Jesus. Desceste
do mais alto ao mais baixo. Jesus, dai-me fogo, dai-me amor; amor que me queime, amor que me mate.
Eu quero viver e morrer de amor. Jesus, seja o Vosso Divino amor a minha vida! Seja ele, e só ele, a
minha morte! Jesus, eu quero amar-Vos, amar-Vos até à loucura, amar-Vos até morrer
de amor. Jesus, quero ser a predileta, a loucura do Vosso amor, perder-me na imensidade
do Vosso amor.”
Alexandrina oferece-se continuamente como vítima de reparação. Sua
grande mensagem é a sua vida eucarística. Desde criança que sente uma especial
união com Jesus Eucaristia. Será o centro de toda a sua vida e espiritualidade.
Será a vítima e a mensageira da Eucaristia. Alegra-se em receber Jesus na
doença.Um sacerdote levava-lhe a Sagrada Comunhão diariamente, mas, a partir de
1933, o Pe. Leopoldino, pároco de Balasar, fazia-o com menos frequência. Mais
tarde, voltaria a receber diariamente a Sagrada Comunhão.Quando se via privada
de receber Jesus diariamente, ficava muito triste.
Ela
participou verdadeiramente, no seu corpo e no seu espírito, na Paixão de Jesus.
Jesus foi preparando-a para esta grande co-redenção e esta vivência mística,
embora fosse evoluindo, esteve presente em sua vida até à sua morte. Viveu,
desde o dia 27 de março de 1942, mais de treze anos em jejum e anúria. O seu
alimento foi exclusivamente a Eucaristia.
senmolKniakiSeattle Colleen Kennedy https://wakelet.com/@stelinderant144
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