quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Homem de profunda união com Deus - Virtudes de Dom Bosco




Dom Bosco: homem de profunda união com Deus
 
O meu encontro com Dom Bosco marcou profundamente minha história vocacional, foi uma paixão à primeira vista, que me levou a conhecê-lo e amá-lo intensamente. O seu olhar fascinou meu coração e o seu amor de pai preencheu minha alma. E a partir desse encontro, deixei tudo para abraçar o seu projeto apostólico de ser na Igreja sinal e portador do amor de Deus aos jovens, especialmente aos mais pobres. Por graça de Deus me fiz salesiano para gastar minha vida pela salvação da juventude, motivado pela atitude do Bom Pastor que exalava do coração apaixonado de Dom Bosco.
Durante esses anos de formação na Congregação Salesiana aprofundando no conhecimento de Dom Bosco, a respeito de sua história, carisma e espiritualidade.  Sinto-me atraído pela sua vida interior, pois, era um homem voltado para o céu, mas enraizado na realidade dos jovens. Dom Bosco me ensina a encontrar Deus nas coisas ordinárias da vida e a viver na sua presença. Era um grande mestre de vida espiritual, seu amor envolvia a todos e seu exemplo de vida arrastou multidões. Na minha vivência espiritual tenho muito presente a figura de Dom Bosco como pai que me indica o caminho do céu e que é possível ser santo nos dias hoje.
O que mais deslumbra-me na vida interior de Dom Bosco é a sua fé plena na providência divina, pois, viver de fé significa abandonar-se com confiança alegre no Deus que se revelou em Jesus Cristo, a ponto de viver as situações de modo salvífico, ou seja, acolher todas as circunstâncias da história, permitindo que Deus manifeste nela a sua ação salvadora, portanto, a fé é a raiz profunda de sua vida espiritual, do seu diálogo com Deus, da sua operosidade de apóstolo. Não há dúvidas de que, em Dom Bosco, a santidade refulge em suas obras, mas é certamente verdade que as obras são apenas uma expressão da sua fé. Portanto, ao lado de uma intensa atividade pastoral, Dom Bosco era “profundamente homem de Deus, cheio dos dons do Espírito Santo, vivia como se visse o invisível” (Const. 21).    
Todos nós cristãos somos convidados à “união com Deus” que é viver a própria vida em Deus e na sua presença. Dom Bosco dá força evangélica à própria vivência, faz da transmissão da fé em Deus a razão da própria vida, segundo a lógica das virtudes teologais: com a fé, que é sinal fascinante para os jovens, com a esperança, que se torna palavra luminosa para eles, com a caridade, que se faz gesto de amor pelos mais pobres.
 Ter encontrado Dom Bosco foi à coisa melhor que poderia acontecer em minha vida. Sou muito feliz por ser salesiano de Dom Bosco e louvo a Deus pelo dom da vocação salesiana. Vale apena seguir Jesus nos passos de Dom Bosco. Expresso todo meu amor e gratidão ao nosso pai e fundador que celebramos o seu aniversário natalício em 16 de agosto. E que Maria Auxiliadora, cuja, Dom Bosco era devoto e apaixonado, interceda por nós junto a Deus. Viva Dom Bosco, Pai e Mestre da Juventude!

“Dom Bosco jovem, teu nome é uma canção.
Dom Bosco jovem, te amamos de coração”.



Marcelo Manoel, SDB
Estudante de Teologia

São Paulo.

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Seu nome é alegria! A santidade da Irmã Maria Troncatti




Olá galera Santidade Salesiana, vocês conhecem a Beata Maria Troncatti? Hoje dia 25 de agosto comemoramos a festa desta grande Mulher que a graça de um sim inteiramente doado. Foi missionária na floresta Amazônica, trabalhou com a tribo Shuar mostrando o rosto materno de Deus bom e misericordioso.
 Maria Troncatti é de uma família numerosa, nasceu no dia 16 de fevereiro de 1883 na cidade de Corteno Golgi (Brescia – Itália), filha de Giacomo Troncatti e Maria Rodondi. Maria cresceu em um ambiente de fé simples e batalhadora, os pais educavam nos valores cristãos.
A alegria era o seu nome, desde criança já demostrava grande confiança no Senhor. Certo dia Maria sai para procurar as cabras que não estavam no estábulo. Com o jantar na mesa depois de algum tempo aquela menina não retorna a casa, seus pais ficam preocupados. A preocupação foi tomando as mentes da família, diante de tantos perigos que sua filha poderia sofrer. Seu pai depois de procurar e não achar vai ao encontro de parentes e amigos para ajudá-lo nesta missão.  Agora sim todos reunidos, vagam toda a noite à procura.
Ao amanhecer, finalmente a encontram dormindo sentada contra um arbusto. A  acordam e a questionam se teve medo. Com tranquilidade responde que não, porque tinha no coração Jesus, pois fez a comunhão há três dias.
Aquela pequena menina fez experiência de Deus em sua vida. Todos os meses a sua cidade recebia o Boletim Salesiano, ela adorava  ler e encantava-se pela a missão Salesiana e com isso o seu desejo de tornar religiosa aumentava cada vez mais. O seu pai não estava de acordo com sua opção, quando completou 21 anos pediu para entrar e foi admitida no Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora (Salesianas).
No Instituto Maria viveu fortes momentos que colocaram a prova sua vocação, aquela menina alegre não sabe mais sorrir, é triste, não fala com ninguém e diz: “Sonhei alto de mais... Eu sou um nada: o que poderei fazer eu uma pobre montanhesa?” O impacto com o novo ambiente foi grande, mas Maria teve irmãs que acompanharam e confiaram em sua capacidade de se tornar uma Religiosa.  Enfim ela conseguiu prosseguir e emitiu os primeiros votos em 1908 doando inteiramente a Deus e aqueles que mais precisam. “Senhor quero ser tua para sempre”.  Sua saúde era frágil logo que emitiu os votos teve tifo e outras doenças que debilitaram a sua ação.  Confiou nas mãos de Maria a sua cura e prometeu que se conseguisse passar aquele momento iria ser Missionária. Foi curada e fez o pedido missionário.
Em 1925 desembarcou na baía de Guayaquil e chegou a Chunchi (Equador), onde foi enfermeira e farmacêutica por pouco tempo. Acompanhada pelos bispos missionários e duas irmãs foi para selva amazônica. Ir. Maria chega às terras dos índios Shuar (Méndez), para conquistar a confiança e poder trabalhar no meio deles iniciando aí sua missão.
Logo Ir. Maria é surpreendida por dezenas de homens da selva que a ameaçavam. A filha do Cacique precisa de ajuda, pois há 4 dias a menina sofre com uma bala alojada no seio e a infecção já estava tomando todo o corpo. Neste exato momento tem a vida em suas mãos, confia na providencia divina ou chegaria a sua hora, pois disse o Cacique: “Se não a curas, não passará por aqui e nós a mataremos todos vocês”. Com uma faquinha no bolso, pede água fervente esteriliza e reza confiante, inicia a cirurgia de retirada, depois de alguns dias a menina estava salva.
Ir. Maria Troncatti e todos os missionários tiveram livre passagem pela aldeia, ela tornou mãe, e carinhosamente a chamavam Madrecita. Deu início a seu trabalho de evangelização em meio a risco de todos os tipos. Foi enfermeira, cirurgiã, ortopedista, dentista, anestesista, mas de modo especial, catequista, rica de grandes recursos de fé e bondade salesiana, também trabalho na promoção da mulher Shuar que floresceu centenas de novas famílias cristãs respeitando a livre escolha de cada uma.
No dia 25 de agosto de 1969, depois de lutar pela dignidade do povo, indo para Sucúa para os exercícios espirituais sofre um grave acidente de avião. Com grande tristeza a Radio da Federação Shuar diz: Nossa Madre, Ir. Maria Troncatti está morta. Em 7 de setembro de   1986 inicia o processo diocesano  e no dia 24 de novembro em Macas foi beatificada.
Galera, a exemplo de Ir Maria Troncatti, possamos buscar a confiança em Deus a serviço do próximo e lembre-se sempre: “Não devemos ter medo, mas confiar em Deus e doar-nos totalmente a Ele. Ele é o único capaz de cuidar de nós com ternura sem igual”.

Beata Maria Troncatti,

Rogai por nós!




Aline Leite,
natural de Cunha no Estado de São Paulo, 
hoje vive na capital paulista como noviça salesiana.

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

SANTA OUSADIA - Virtudes de Dom Bosco


"Desde que eu era criança, morando em uma paróquia salesiana, mostraram-me com muito carinho e amor à pessoa de Dom Bosco como um amigo que iria me ajudar a chegar a Deus, por isso as devoções mais fortes que eu tinha quando criança foram a S. Domingos Sávio, a Dom Bosco, e à Mãezinha do Céu. Mas eu não amaria Dom Bosco até hoje, e com certeza não seria salesiano, se esta minha atração por ele fosse fruto apenas de um condicionamento educacional... tem de haver algo mais para que alguém possa permanecer em uma devoção durante toda sua infância, adolescência, juventude e vida adulta.
Para mim o que sustenta minha devoção a Dom Bosco é a real admiração e fascínio por sua vida e por seu jeito de ser, especialmente por sua SANTA OUSADIA, demonstrada em vários momentos de sua história.

Dom Bosco foi ousado primeiramente ao querer, não obstante a sua dura realidade de camponês, estudar para ter outra perspectiva de vida; depois ele foi ousado em acolher o chamado de Deus para ser padre, totalmente do Senhor; foi ousado ainda quando quis ser um sacerdote diferente de todos os outros. Mas o ponto mais forte de sua ousadia, na minha opinião, foi consagrar inteiramente sua vida a uma parcela da sociedade esquecida em sua época, a juventude mais pobre e abandonada; para isso, ele não mediu esforços: trabalhou e estudou muito; foi falar com grandes autoridades, se tornando amigo de muitos colaboradores, dentre eles, padres, bispos, Papas, grandes políticos, empresários da época, e até reis, príncipes e outros nobres. Tudo para conseguir recursos para sua grande e ousada obra.

Hoje, como salesiano, tenho a missão de, junto aos meus irmãos, continuar esta grande obra de Dom Bosco. Peço a Deus, pela intercessão do santo dos jovens, que me dê a graça se ter pelo menos um quarto da ousadia de Dom Bosco, com uma boa dose de coragem também!"





Raimundo Luan Hadney,
natural de Juazeiro do Norte - CE;
 é Salesiano de Dom Bosco



e hoje vive como pós- noviço em Recife, PE.