terça-feira, 16 de outubro de 2012

Beata Alexandrina Maria da Costa (Parte I)


Alexandrina Maria da Costa nasceu no dia 30 de março de 1904, no lugar de Gresufes, na freguesia de Balasar, Concelho de Póvoa de Varzim, distrito do Porto, arquidiocese de Braga. Era filha de Antônio Gonçalves Xavier e de Maria Ana da Costa. A sua irmã mais velha chamava-se Deolinda Maria da Costa. Aos quatro anos de idade, ela já demonstrava carinho pela oração, e recorda as suas boas obras aos mais pobres, ainda na sua infância:
“À medida que ia crescendo, ia aumentando em mim o desejo da oração. Tudo queria aprender. Ainda conservo as devoções que aprendi na minha infância, como: “Lembrai-Vos, ó puríssima Virgem Maria...”, “Ó Senhora minha, ó minha Mãe...”, o oferecimento das obras do dia: “Ofereço-Vos, ó meu Deus...”, a oração do Anjo da Guarda, oração a São José, e várias jaculatórias.”
Aos 7 anos, em janeiro de 1911, Alexandrina e a sua irmã mudaram-se para a cidade mais próxima para frequentar a escola primária.  Sentia muito carinho pela senhora que a acolheu (e à sua irmã) e cedo viveu a alegria do perdão, pois, segundo ela, era uma senhora muito má. Das várias memórias, expressa a sua devoção a Maria e o seu amor à contemplação da Criação Divina. Enquanto vivia na Póvoa de Varzim (1911), deu-se a sua Primeira Comunhão, um momento especial e de referência para a sua vida:
“Foi na Póvoa de Varzim que fiz a minha primeira Comunhão, com sete anos de idade. Foi o Sr. Padre Álvaro Matos que me perguntou a doutrina, me confessou e me deu pela primeira vez a Sagrada Comunhão. Como prêmio recebi um lindo terço e uma estampazinha.Quando comunguei, estava de joelhos, apesar de pequenina, e fitei a Sagrada Hóstia que ia receber de tal maneira que me ficou tão gravada na alma, parecendo-me unir a Jesus para nunca mais me separar d’Ele. Parece que me prendeu o coração. A alegria que eu sentia era inexplicável. A todos dava a boa nova. A encarregada da minha educação levava-me a comungar diariamente".
No mesmo ano, recebe também o Sacramento da Confirmação, na cidade vizinha de Vila do Conde. Em 1912, Alexandrina e a sua irmã Deolinda regressam a Balasar. Ela ocupa-se agora em tarefas domésticas e no trabalho do campo. Na sua paróquia, trabalha ativamente como catequista, membro do grupo coral, tinha alegria em ajudar os seus amigos e amava a oração.Aos 14 anos, começou a trabalhar para um vizinho em condições pouco benéficas para a sua saúde. Entretanto, dá-se um acontecimento marcante na vida e na saúde de Alexandrina: o salto da janela da sua casa para defender a sua pureza.

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