sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Beata Alexandrina Maria da Costa (Final)


Diversas eram as devoções que foram despertando no coração de Alexandrina, contudo, destacamos cinco. As suas devoções fortificaram-se ao longo da sua vida:
1.       Nutria verdadeiro amor a Maria, a quem tão carinhosamente chamava “Mãezinha”. Ela esteve sempre muito presente na sua vida, nas alegrias e tristezas como verdadeira Mãe Celeste. Ao ditar as disposições para o seu túmulo, Alexandrina pediu humildemente uma imagem do Coração Imaculado de Mariapois“foi Ela quem me ajudou a subir o caminho doloroso do meu calvário, acompanhando-me e amparando-me até aos últimos momentos da minha vida”.
2.       Tinha uma grande devoção pelo Sagrado Coração de Jesus, entregando o seu coração, totalmente a Jesus. Nestes pequenos excertos poderemos verificar que, realmente, Jesus e Alexandrina estavam unidos pelo coração e percebe-se o amor “louco” que existia entre ambos.
3.       Desde jovem que a Beata Alexandrina era devota de São José. Todo o mês de março era dedicado a S. José, o esposo casto e humilde de Maria, a quem Deus confiou o cuidado de Jesus.
4.       Santa Teresinha era uma das santas eleitas por Alexandrina, quando fazia as suas orações e pedidos.
5.       Rezava também à Santa Gemma Galgani.
Pode-se afirmar com convicção que Alexandrina foi uma apóstola do Senhor. No seu quartinho, Alexandrina evangelizava através das suas palavras e dos seus atos. Jesus afirmou que continuaria o seu apostolado também na Vida eterna. Viveu um apostolado forte e belo durante a sua vida terrena. A sua missão foi amplamente direcionada: propagação da devoção aos Sacrários, conversão dos pecadores, propagação da devoção mariana, ajuda às Missões, às famílias, à paróquia, entre tantas outras.
A intensa vida espiritual de Alexandrina fê-la trabalhar e contribuir muito para a sua paróquia - Balasar - e também associar-se a diversos movimentos. Os seus carismas eram variados, mas todos tinham como finalidade trabalhar para a própria salvação e a dos irmãos. Em 1942, Alexandrina ficou privada do seu querido diretor espiritual, o Pe. Mariano Pinho. Deus envia-lhe o Pe. Humberto Pasquale, salesiano de Dom Bosco. Em 1944, Alexandrina entra para a Associação dos Salesianos Cooperadoras.
“O diploma de Cooperadora dado à Alexandrina no ano de 1944 e que ela “quis colocado em lugar onde pudesse tê-lo sempre sob o seu olhar”, foi-lhe dado unicamente a fim de que pudesse gozar de todas as indulgências anexas e, com a sua dor e oração colaborasse, unida aos Salesianos, na salvação das almas, sobretudo juvenis, e para que rezasse e sofresse pela santificação dos Cooperadores de todo o mundo".
Ela fazia questão de tê-lo bem à vista para se lembrar da obra salesiana e da sua missão, por quem tanto rezou. Alexandrina orientou muitas crianças para instituições e para escolas, para que pudessem crescer com mais condições e ter um futuro digno. Às crianças e aos jovens tinha sempre uma palavra particular, tendo mesmo acompanhado a vivência vocacional de muitos. Ela mesmo afirmou ao Pe. Humberto:
“Sinto uma grande união com os Salesianos e com os Cooperadores do mundo inteiro. Quantas vezes olho para o meu diploma e ofereço os meus sofrimentos unida a todos eles, para salvação da juventude.
Amo a Congregação; amo-a muito e nunca mais a esquecerei nem na Terra nem no Céu.”
A morte de Alexandrina foi um momento vivido com emoção pelos seus e por todos aqueles que a conheciam. Jesus confirmou-lhe o seu lugar no Céu; Alexandrina esperava confiadamente essa “hora”. Balasar é destino de muitos devotos de Alexandrina que pedem a sua intercessão, junto ao seu túmulo.
Ao longo da sua vida terrena, Alexandrina elevou o seu olhar para o Céu, desejando a vida celeste na comunhão eterna com Deus.Jesus afirmou numerosas vezes a certeza de que iria para junto d’Ele. Alexandrina morreu no dia 13 de outubro do ano de 1955, dia do aniversário da última aparição de Nossa Senhora em Fátima. O seu enterro foi vivido com muita emoção não só pelos seus conterrâneos, mas também pelas pessoas que a conheciam, vindas de muitos pontos do país.
João Paulo II declarou-a venerável em 21 de dezembro de 1995 e beatificou-a em 25 de abril de 2004. Seu dia é celebrado no dia 13 de outubro.

Beata Alexandrina Maria da Costa, rogai por nós!
Todas as quatro partes do texto sobre a Beata Alexandrina Maria da Costa foram feitas por:
Fabiano Carvalho de Oliveira,
natural de São José dos Campos - SP
atualmente é Noviço Salesiana em Curitiba - PR

Um comentário:

  1. Realmente impressionante a vida de Beata Alexandrina, cuja existência só vim a saber há poucos dias, através de um livro do Padre Serginho. Estou profundamente inspirado, comovido e devoto.

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