Diversas eram as devoções que foram despertando no coração de
Alexandrina, contudo, destacamos cinco. As suas devoções fortificaram-se ao
longo da sua vida:
1.
Nutria verdadeiro amor a Maria, a quem tão carinhosamente chamava “Mãezinha”. Ela esteve
sempre muito presente na sua vida, nas alegrias e tristezas como verdadeira Mãe
Celeste. Ao ditar as disposições para o seu túmulo, Alexandrina pediu
humildemente uma imagem do Coração Imaculado de Mariapois“foi Ela quem me ajudou a subir o caminho doloroso do meu calvário,
acompanhando-me e amparando-me até aos últimos momentos da minha vida”.
2.
Tinha uma grande devoção pelo Sagrado Coração de Jesus, entregando o
seu coração, totalmente a Jesus. Nestes pequenos excertos poderemos verificar
que, realmente, Jesus e Alexandrina estavam unidos pelo coração e percebe-se o
amor “louco” que existia entre ambos.
3.
Desde jovem que a Beata Alexandrina era devota de
São José. Todo o mês de março era dedicado
a S. José, o esposo casto e humilde de Maria, a quem Deus confiou o cuidado de
Jesus.
4.
Santa
Teresinha era uma das santas eleitas por Alexandrina, quando fazia as suas
orações e pedidos.
5.
Rezava também à Santa Gemma Galgani.
Pode-se afirmar com convicção que Alexandrina foi uma apóstola do
Senhor. No seu quartinho, Alexandrina evangelizava através das suas palavras e
dos seus atos. Jesus afirmou que continuaria o seu apostolado também na Vida
eterna. Viveu um apostolado forte e belo durante a sua vida terrena. A sua
missão foi amplamente direcionada: propagação da devoção aos Sacrários,
conversão dos pecadores, propagação da devoção mariana, ajuda às Missões, às
famílias, à paróquia, entre tantas outras.
A intensa vida espiritual de Alexandrina fê-la trabalhar e contribuir
muito para a sua paróquia - Balasar - e também associar-se a diversos
movimentos. Os seus carismas eram variados, mas todos tinham como finalidade
trabalhar para a própria salvação e a dos irmãos. Em 1942, Alexandrina ficou
privada do seu querido diretor espiritual, o Pe. Mariano Pinho. Deus envia-lhe
o Pe. Humberto Pasquale, salesiano de Dom Bosco. Em 1944, Alexandrina entra
para a Associação dos Salesianos Cooperadoras.
“O diploma de Cooperadora dado à
Alexandrina no ano de 1944 e que ela “quis colocado em lugar onde pudesse tê-lo
sempre sob o seu olhar”, foi-lhe dado unicamente a fim de que pudesse gozar de
todas as indulgências anexas e, com a sua dor e oração colaborasse, unida aos
Salesianos, na salvação das almas, sobretudo juvenis, e para que rezasse e
sofresse pela santificação dos Cooperadores de todo o mundo".
Ela fazia questão de tê-lo bem à vista para se lembrar da obra
salesiana e da sua missão, por quem tanto rezou. Alexandrina orientou muitas
crianças para instituições e para escolas, para que pudessem crescer com mais
condições e ter um futuro digno. Às crianças e aos jovens tinha sempre uma
palavra particular, tendo mesmo acompanhado a vivência vocacional de muitos.
Ela mesmo afirmou ao Pe. Humberto:
“Sinto uma grande união com os Salesianos e com os Cooperadores do
mundo inteiro. Quantas vezes olho para o meu diploma e ofereço os meus
sofrimentos unida a todos eles, para salvação da juventude.
Amo a Congregação; amo-a muito e nunca mais a esquecerei nem na Terra
nem no Céu.”
Ao longo da sua vida terrena, Alexandrina elevou o seu olhar para o
Céu, desejando a vida celeste na comunhão eterna com Deus.Jesus afirmou
numerosas vezes a certeza de que iria para junto d’Ele. Alexandrina morreu no dia 13 de outubro do ano de 1955, dia do
aniversário da última aparição de Nossa Senhora em Fátima. O seu enterro foi
vivido com muita emoção não só pelos seus conterrâneos, mas também pelas
pessoas que a conheciam, vindas de muitos pontos do país.
João Paulo II declarou-a venerável em 21 de dezembro de 1995 e
beatificou-a em 25 de abril de 2004. Seu dia é celebrado no dia 13 de outubro.
Beata Alexandrina Maria da
Costa, rogai por nós!
Todas as quatro partes do texto sobre a Beata Alexandrina Maria da Costa foram feitas por:
Fabiano Carvalho de Oliveira,
natural de São José dos Campos - SP
atualmente é Noviço Salesiana em Curitiba - PR
Realmente impressionante a vida de Beata Alexandrina, cuja existência só vim a saber há poucos dias, através de um livro do Padre Serginho. Estou profundamente inspirado, comovido e devoto.
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