terça-feira, 30 de setembro de 2014

Dom Bosco educador amigo - VIRTUDES DE DOM BOSCO

Dom Bosco educador: amigo

Dom Bosco educador era amigo dos jovens, dos educandos.!
Segundo Aristóteles, a amizade é uma virtude, talvez a mais necessária, já que os bens que a vida oferece não podem ser conservados nem usados sem os amigos. Assim também é a educação: talvez uma das coisas mais necessárias à vida, já que um homem educado é livre, autônomo, capaz de obter todo o resto necessário para viver bem e feliz. Assim o era também Dom Bosco: virtuoso na educação.
O filósofo diz ainda que a amizade pode ser fundada na utilidade ou no prazer, podendo acabar. Porém, a amizade fundada no bem é a mais estável e firme, portanto a verdadeira. Assim também é a educação: deve ser fundada no bem, e não na atitude egocêntrica de quem espera algum retorno. O bem do educando deve ser a motivação suficiente para mover o educador aos mais variados esforços, ao uso da mais densa criatividade. Assim o era também Dom Bosco, empenhado pelo bem do jovem, sem fazer juízos e sem esperar nada em troca. Era verdadeiro.
O Estagirita também considera a amizade como uma comunidade ou participação solidária de várias pessoas em atitudes, valores ou bens determinados, o que representa bem a comunidade educativa: várias pessoas empenhadas em transparecer valores por meio de conteúdos e atitudes. Assim era Dom Bosco. Assim ele reuniu mais educadores com o mesmo sonho, as mesmas atitudes, a mesma missão. Era participativo, solidário.
Por fim, Aristóteles afirma que a amizade não se identifica com o amor, que pode ser limitado e condicionado pelo prazer da beleza e pode ser seletivo. A amizade é um hábito, uma disposição ativa e compromissiva da pessoa, assim como deve ser a educação: um hábito, uma disposição, uma cultura de compromisso dos educadores para com o bem do educando. E assim o era também Dom Bosco: comprometido.
Dom Bosco educador: virtuoso, verdadeiro, participativo, solidário, comprometido... enfim, amigo!




Por:
Fabiano Carvalho de Oliveira, SDB.

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

A atenção - VIRTUDES DE DOM BOSCO

A atenção 


Estava eu a refletir sobre qual aspecto partilhar da vida de Dom Bosco, meu bom Pai. E me deparei com a situação de que quase sempre, quando queremos fazer menção a uma qualidade de uma pessoa que nos desperta sinais marcantes, começamos a expressar com um típico “... me chama atenção...” e daí desenvolve o desenrolar da história. Diante do pedido que me foi feito em partilhar sobre uma virtude de Dom Bosco pensei: porque não falar da própria atenção? Elemento esse tão presente na pessoa de Dom Bosco e tão preciso e necessário em nossos dias.
Não precisa estudar profundamente para comprovar que a educação que João Bosco recebeu no seio familiar, era nutrida de valores. Marcados por coisas básicas, do cotidiano rural e pobre, e ausente da figura paterna, ao mesmo tempo sua mãe Margarida assumia o papel de ser sua mestra e orientadora, que fazia questão de frisar pequenos conselhos, que visavam instruir para a vida. E hoje, comprovamos a sua eficácia e como ficaram impressos naquele pequeno coração.
Com o passar dos tempos, as sementes foram se consolidando e os sonhos tornaram realidade. O padre João Bosco (descreve alguns autores) destacava-se por sua cordialidade com todos. Sejam eles pobres ou ricos, simples ou sofisticados, barões ou lavradores, todos eram recebidos com a mesma cordialidade e respeito. E ao trabalhar com a juventude, se preocupava com a saúde (de alma e corpo), com a felicidade e o futuro de cada um. E a resposta disso, era os meninos que constantemente acorriam ao seu encontro, como ponto referencial de um pai e orientador.
Na sua audaciosa missão, estava sempre disposto a ter uma palavra fraterna para aquele jovem que considerava ser seu amigo individualmente, mesmo se isso tivesse que lhe custar horas debruçado sobre papel e tinteiro madrugada a fora, não importando a distancia quilométrica que seu escrito iria passar. Numa época marcada por revoluções e discriminações de todo gênero, não deixava de se fazer presente para ajudar os que a ele recorriam, aconselhando e orientando, sejam eles maltrapilhos das ruas de Turim, ou meninas (que representavam na época ameaça ao seu estado eclesiástico).
Nos dias de hoje, nos trabalhos que desenvolvemos, essa “atenção” torna-se não somente necessária, mas sinal apostólico de salvação. Porque necessária? Num contexto tão plural, em que a todo o momento somos bombardeados por avanços e inovações da modernidade que por vezes favorecem as relações de superficialidade, podemos ofuscar em nós essa tão cara dimensão da atenção. Virtude essa tão necessária para conosco mesmos, com a realidade, e com o outro que esta ao nosso lado. Pois talvez seja a única coisa que nós e o outro naquele momento precise... Ser tratado como único e como destinatário da nossa atenção. Fazendo assim, não seremos somente amantes de Dom Bosco, mas encarnaremos a missão do Salvador sendo sua imagem.

E para terminar essa conversa, finalizo como o nosso pai costumava dizer: “sempre amigos?” De minha parte já o respondo: que o sejamos sempre!






Paulo Henrique, Salesiano.
Hoje pós-noviço em Recife, PE.

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Multiforme em virtudes - VIRTUDES DE DOM BOSCO

Multiforme Dom Bosco


            Deus, na sua admirável Providência, deu a Dom Bosco um coração grande como as areias do mar e o fez Pai e Mestre de uma multidão de jovens”(C.fma, 2).

           
            Sê preciso destacar em Dom Bosco qualidades, isto é tarefa fácil! Por benevolência divina e por tamanho empenho pessoal, é ele homem multiforme em virtudes. Primeiramente, o pequeno João, desde início foi um “apaixonado pela vida”. Buscou viver bem, estando sempre alegre: em comunhão com seus amigos, preocupava-se com eles, do mais simples ao mais essencial. Divertia-os com histórias, mágica e jogos; preenchia-os de Deus, com palavras piedosas recolhidas do último sermão ou dos conselhos de sua mãe. Na família, vivia atento a tudo e a todos. Havia, desencontros, sim - sobretudo, com seu irmão mais velho; mas, nada que o impedira de ali prestar sua ajuda na casa e no campo, aplicar-se no quanto possível as leituras e ocupar-se do discernimento de sua vocação. A dizer, o pequeno Bosco, vivia como em uma aventura: a vida! “Presente de Deus” que deve ser vivido de tal maneira que seja um “presente nosso – antes a nós mesmos, aos que estão conosco – e a Deus”. 
            
              Dom Bosco foi ainda um “homem de opção”. Já pequeno, fez opção em educar seus amigos: não só com eles brincar, mas deixar a eles o seu melhor. Fez opção em viver para Deus: ser padre e “um padre diferente”, próximo às pessoas, acessível aos necessitados. Sua opção pelo sacerdócio foi escolha forte, que o encaminhou a assumir muitas provas. Bosco teve de se aplicar aos estudos e a inúmeros trabalhos para alcançar seu sonho. No sacerdócio, uma nova opção: não às facilidades de preceptor de família, não às honrarias da Cúria; mas, a guia de sua mãe: “ser padre é começar a sofrer”. Dom Bosco, fez opção pelo jovens; de modo, a gastar-se por eles todos os seus dias. Por eles “trabalhou, estudou e mesmo deu a vida”.

            Dom Bosco foi “homem da entrega. Confiante e esperançoso em Deus, sua meta foi uma só: “tudo para a maior glória de Deus e o bem das pessoas”. E pouco era preciso a ele: “basta que sejas jovem para que eu vos ame”. Dom Bosco cultivou ainda a fé nas pessoas: “todo jovem é bom e acessível ao bem”. E era este seu bem maior: “dê-me as pessoas, ficai com todo mais”.
            “Apaixonado pela vida”; “homem de opção”; e, “homem da entrega”. Multiforme segundo a vontade de Deus. 






Por Magno Fonzar Albuquerque, SDB. 


quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Santo do Amor - VIRTUDES DE DOM BOSCO

Santo do Amor
Se tiver uma expressão que define toda missão de São João Bosco é o Amor. 
Toda vez que olhamos para a vida deste santo, observamos que em tudo o Amor se fez presente. Um homem que tinha uma ligação intensa com Deus e com sua fé inabalável sempre procurou viver esse amor de forma tão concreta e presente na vida dos jovens. Jovens, esse o qual dedicou inteiramente toda a sua vida com todo amor e carinho que dispunha.
Dom Bosco era amado por esses jovens e dizia a quatro ventos: “com a bondade e o amor, eu procuro ganhar estes meus amigos para o Senhor”. Para dar um pouco de conforto a esses, Dom Bosco abnegou seu pouco dinheiro, seu tempo e, também, sua saúde. Um homem simples, porem cheio do Espírito Santo, sabia como ninguém, entender o coração dos jovens, respeitá-los e orientá-los. Seu maior dom foi amá-los e incentivá-los a uma vida digna e santa. Soube como ninguém partilhar em tudo a vida dos jovens.
E nós jovens quando olhamos para a figura deste santo só nos vem em mente a figura do Bom Pastor, aquele que dá a vida pelas suas ovelhas. Um homem que lutou ate o fim pela salvação das almas. Um santo do qual a juventude tanto amada por ele deve cada vez mais espelhar-se, para assim construir uma vida de santidade, onde reine o amor e a alegria.
Dom Bosco é pai porque soube estar presente na vida da juventude, é mestre porque em nada deixou de conduzir seus filhos ao encontro de Deus. Por isso que a Igreja reza: "Deus suscitou São João Bosco para dar à juventude um mestre e um pai".
"Aos nove anos, Nossa Senhora me disse: A seu tempo tudo compreenderás. Agora lançando um olhar para minha vida passada, parece-me de fato compreender, compreender tudo... Valia a pena fazer tatos sacrifícios, tanto trabalho pelas almas dos jovens..." deixou-nos numa madrugada do dia 31 de janeiro de 1888, e aos salesianos que velavam em redor de seu leito murmurou: "Façamos o bem a todos, o mal a ninguém!... Digam aos meus meninos que os espero a todos no céu".
Dom Bosco foi homem santo. Santo dos jovens. Santo do amor. Sabia que o amor ao próximo é importante para uma vida dedicada a Deus.
Que a juventude possa cada vez mais assumir, com veemência, a verdadeira responsabilidade de ter e sentir o amor ao próximo, a exemplo do santo da juventude.

 
Demmes Almeida  
Secretário Conselho Nacional da AJS



*Fonte Biografia de São João Bosco e memórias do Oratório de São Francisco Sales

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Santidade em Alegria - VIRTUDES DE DOM BOSCO




"Virtude da Santidade em Alegria".



Conheci São João Bosco e meu amigo São Domingos Sávio quando com 7 anos de idade, foi quando entrei no Colégio Salesiano Instituto São José em São José dos Campos - SP. Minha mãe me consagrou a Dom Bosco nesse mesmo ano e por isso me considero um jovem salesiano. Vi desde pequeno o amor que Dom Bosco tinha pelos jovens e também vi o sonho que Domingos Sávio tinha, foi onde descobri a virtude da santidade em alegria.
Dom Bosco disse a Domingos que ser santo é fácil, que o segredo da santidade é estar sempre alegre e sempre fazer bem as coisas, senti que Dom Bosco também falava comigo e decidi então desde pequenino seguir os passos de ambos, ser santo.
Viver a verdadeira alegria no caminho da santidade para o céu em especial na juventude, é isso que os jovens precisam conhecer e viver, foi o que aprendi conhecendo os Salesianos, amar a Sagrada Eucarístia, andar junto com Maria Auxiliadora, e ver nos jovens a presença de um infinito amor que precisa ser amado, ter uma gota de mel a mais para dar-se inteiramente a Jesus.
E é essa alegria que fez com que  Domingos Sávio, Miguel Rua, Laura Vicuña, Alberto Marveli, Alexandrina de Balasar e tantos outros conheceram em Deus, através dos Salesianos, a nossa primeira vocação que é ser santo.


Veja, o segredo da santidade é viver verdadeiramente na alegria, ser jovem é alegria e ser santo é estar sempre alegre, logo ser santo igual a ser jovem. Temos aí uma das mais belas combinações que Deus fez.
Agradeço a Deus por ter conhecido a Santidade na Família Salesiana. E a virtude da santidade em alegria não é apenas de Dom Bosco ou que só os salesianos podem viver, mas sim todas as pessoas podem ter essa virtude. Hoje sigo esses passos sendo um  Ex-aluno Salesiano e Vocacionado Salesiano. Temos como vida ajudar aos jovens de hoje a viverem a verdadeira alegria e irem para céu, é isso que Dom Bosco fazia.
Seguimos Jesus junto com Maria Auxiliadora e São João Bosco.
Sejamos Santos, Jovens Santos."



Paulo Sérgio da Silva Filho, 

jovem da Paróquia Espírito Santo de São José dos Campos - SP.