Dom Bosco educador: amigo
Dom Bosco educador era amigo dos jovens, dos
educandos.!
Segundo Aristóteles, a amizade é uma virtude, talvez a
mais necessária, já que os bens que a vida oferece não podem ser conservados
nem usados sem os amigos. Assim também é a educação: talvez uma das coisas mais
necessárias à vida, já que um homem educado é livre, autônomo, capaz de obter
todo o resto necessário para viver bem e feliz. Assim o era também Dom Bosco:
virtuoso na educação.
O filósofo diz ainda que a amizade pode ser fundada na
utilidade ou no prazer, podendo acabar. Porém, a amizade fundada no bem é a
mais estável e firme, portanto a verdadeira. Assim também é a educação: deve
ser fundada no bem, e não na atitude egocêntrica de quem espera algum retorno.
O bem do educando deve ser a motivação suficiente para mover o educador aos
mais variados esforços, ao uso da mais densa criatividade. Assim o era também
Dom Bosco, empenhado pelo bem do jovem, sem fazer juízos e sem esperar nada em
troca. Era verdadeiro.
O Estagirita também considera a amizade como uma
comunidade ou participação solidária de várias pessoas em atitudes, valores ou
bens determinados, o que representa bem a comunidade educativa: várias pessoas
empenhadas em transparecer valores por meio de conteúdos e atitudes. Assim era
Dom Bosco. Assim ele reuniu mais educadores com o mesmo sonho, as mesmas
atitudes, a mesma missão. Era participativo, solidário.
Por fim, Aristóteles afirma que a amizade não se
identifica com o amor, que pode ser limitado e condicionado pelo prazer da
beleza e pode ser seletivo. A amizade é um hábito, uma disposição ativa e
compromissiva da pessoa, assim como deve ser a educação: um hábito, uma
disposição, uma cultura de compromisso dos educadores para com o bem do
educando. E assim o era também Dom Bosco: comprometido.
Dom Bosco educador: virtuoso, verdadeiro, participativo,
solidário, comprometido... enfim, amigo!
Por:
Fabiano Carvalho de Oliveira, SDB.